domingo, 5 de junho de 2011

Quero mamãe!



Fiquei uma semana sem ver minha netinha Giúlia porque ela estava com a mãe. Uma amiga minha a viu alegre e faceira pulando na pracinha enquanto a mãe a levava para à escola.
Vó, avô, tio, tia, nada substitui a figura materna e paterna. Nada! Mesmo que o pai e a mãe sejam carrascos a criança tem em seu inconsciente infantil a falta dos pais - carinhosos e presentes.
Acompanhei o Terça Repórter que falou sobre o caminho dos pais que brigam na justiça por conta dos seus filhos.
Minha netinha, uma noite, deitada em minha cama, me perguntou com a linguagem própria dela:

"- Vó , como faz para as mulheres voltar com os homens?"- eu fiquei atônita por alguns segundos. E então ela desabafou que gostaria que o pai e a mãe voltasse a morar juntos. Expliquei que não era possível mas , que , mesmo separados a amavam.

Uma psicóloga americana afirmou numa entrevista a uma revista há alguns anos que os filhos querem ver os pais juntos não importando se brigam ou se vivem bem.

Certos casais precisam mesmo da separação para construir a personalidade da criança. Criança precisa de ambiente bom para se desenvolver completamente. E se transformar num adulto seguro e pronto para as adversidades.

A criança tem um processo de adaptação fácil às circunstancias. Acho que minha neta já está percebendo que a mãe viaja, mas volta. O medo dela da perda, de abandono, se fez presente nos primeiros tempos.

Mesmo assim, não gosto de ficar perto nas despedidas porque ela chora muito quando vê a mãe indo embora.

E, me lembra a história triste da minha mãe que foi criada por uma tia solteira porque minha avó morava em SP e não podia ficar com ela. Meu avô e minha avó trabalhavam muito, mas minha mãe sempre contava que guardava os pedaços de unhas da minha avó de lembrança, tanta era a saudade.

Fico a cismar se a pequena Giúlia não seria a reencarnação da minha querida avozinha ! Pois o que ela passa agora, a minha mãe passou.

Privação materna é muito difícil! Mas reflito sobre os casos de abandono que vejo na mídia, o descaso com as crianças, os pais violentos, tragédias e abuso infantil.

Tudo fruto da ignorância, do egoísmo, dos sentimentos passionais.

E, também,a falta da instituição familiar, da educação e da espiritualidade.

Giúlia está crescendo alegre e saudável. Tem diariamente a presença do PÃE.... o pai- que agora está sendo a mistura de pai com mãe.

Meu papel dentro desse contexto é acompanhá-la , amá-la .........


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